Muitos pilotos que voam linhas aéreas internacionais salientam que:
- “voar no exterior não tem o menor problema, mas que os problemas começam a surgir quando as aeronaves chegam no solo”...
...dos aeroportos, tanto nas aproximações como para as decolagens.
Realmente, acredito que esses problemas podem acontecer (e acontecerão) se não existir uma doutrina de operação de cabine, voltada para o PREPARO e PLANEJAMENTO das fases de aproximação, pouso e movimentação no solo, assim como também para as partidas, a preparação para as solicitações ATS/ATC, taxiamento, decolagem e fases seguintes durante a subida.
Apesar de o BRASIL ser o país da América do Sul, com o maior índice de ocupação do espaço aéreo (maior movimento), o volume brasileiro de tráfego de aeronaves em vôo, ainda não atinge o volume de outros países europeus e os da América do Norte, cujas somas representam milhares de tráfegos diários cortando os céus. Esta diferença apresenta, na hora em que os Pilotos partem para vôos no exterior, um outro aspecto psicológico que em um primeiro momento pode até pressionar (e intimidar) a atuação daqueles menos experientes, pois já em vôo e à medida em que se adentra no espaço aéreo daqueles países, é de impressionar a quantidade de tráfegos evoluindo simultaneamente.
Nos primeiros vôos, estes Pilotos precisam prestar muita atenção à evolução dos tráfegos e aos procedimentos adotados pelos Controladores locais, pois é de impressionar a quantidade de “conversação” empregada (este fato está diminuindo um pouco, em função da utilização dos sistemas automatizados data-link a bordo e nos Órgãos de Controle- ACARS e CPDLC dentre outros).
Nas Empresas Aéreas, brasileiras ou estrangeiras, usa-se sabiamente o princípio de sempre se ter a bordo, na cabine, Pilotos mais experientes em vôos na região pretendida, quando algum Piloto, “enfrenta pela primeira vez” um vôo para o exterior.
Tenho certeza que muita dessa “ansiedade” pode ser minimizada com a PREPARAÇÃO e o PLANEJAMENTO dos vôos, por parte de tripulantes e por parte dos Despachantes Operacionais de Vôo – DOV´s -. Fundamento minha convicção, nos depoimentos e experiências de colegas Aviadores que já viveram esta situação, durante uma primeira ida ao exterior, com outros colegas mais experientes a bordo e também nas situações de translado de aeronaves de outros países, para o Brasil, onde quase sempre ambos podem estar vivendo pela primeira vez aquela situação. Isto ocorre muito quando um vôo de translado, cruza países do Oriente Médio, onde as condições políticas interferem muito na Proteção ao Vôo.
ESTAR PREPARADO SEMPRE SIGNIFICA também, ser portador de documentos aeronáuticos (cartas, procedimentos, manuais técnicos, de comunicação rádio e outros) atualizados para se ESTUDAR . Um BOM PLANEJAMENTO, transforma-se em CONHECIMENTO e FACILIDADE de manuseio de manuais, mesmo porque sempre podem acontecer situações inusitadas para tirar a CONCENTRAÇÃO da tripulação e alterar a LÓGICA DAS OPERAÇÕES.
Olá AMIGOS da Aviação. Eu sou o Adolfo, Controlador de Tráfego Aéreo e Instrutor de Tráfego Aéreo Internacional e este é o meu blog. Ele está aberto a todos aqueles que gostam de Aviação em geral e de Regulamentos de Tráfego Aéreo, Nacional e Internacional. Coloque aqui seus comentários, as suas observações e críticas. para que possamos discutí-las. Enfim, sejam todos muito bem vindos Atenciosamente Adolfo
Quem sou eu
- Adolfo Cardoso de Moura Neto
- Profissional de Controle de Tráfego Aéreo há mais de 38 anos, com vasta experiência ATS e Instrução Aeronáutica
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sábado, 14 de agosto de 2010
Voar no exterior, não tem problema,!!!??? É SÓ PLANEJAR!!!!!
Postado por
Adolfo Cardoso de Moura Neto
às
01:13
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